Da cor do Infinito

Mesmo sabendo que o começo era a garantia do fim, eu quis que fosse assim, do jeito que inventei.
Da cor de infinito, com cheiro de impossível, com gosto de vontade, ao som de raios de sol.
E foi assim sim, pra mim.
Então, procurei em mim algo novo para te dar, só para garantir que o que te daria não tinha sido e nem seria de mais ninguém.
Descobri o mundo de possibilidades de mim, e escolhi a dedo tudo o que seria teu, só teu.
Te enviei em envelopes coloridos e perfumados, anexados nas entrelinhas dos beijos, pedacinhos de mim, na certeza de que você sentiria o gosto.
Mas o tempo, senhor de todas as verdades, revelou um vazio que te distancia de mim.
Talvez agora eu entenda o silêncio. Você preferiu ser reticente, por que sabe que o que eu imaginei é bem mais bonito.
Talvez agora esteja eu prestes a mergulhar no abismo que existe entre a expectativa de minhas ilusões e o que a realidade me reserva.
Mas prefiro ainda acreditar que, te parafraseando, não sabemos o amanhã.
Eu vou esperar o amanhecer. Quem sabe o amanhã me reserve mais uma deliciosa surpresa com gosto de sobremesa.
Prefiro assim.

 
Fotos: Marcelo dos Anjos
Texto: Minnie Anjos

Desejo a vcs um final de semana com gosto de sobremesa! Bjos!